Como a tecnologia revolucionou a vida financeira.
Muita gente provavelmente durante a infância e adolescência não teve contato algum com assuntos financeiros. É comum que as escolas não tratem essas questões e, em casa, dinheiro, fatura e contas a pagar costumam ser assuntos exclusivos dos adultos. Meus pais sempre me ensinaram a economizar e a valorizar e conservar as coisas que tínhamos, mas esse ensinamento tinha mais a ver com a nossa situação financeira do que com o assunto em si.
Logo, a vida financeira virou um tabu. A burocracia dos bancos e a falta de conteúdo de fácil acesso e compreensão para quem não é especializado no assunto contribuíram e muito para isso. Mas, a tecnologia mudou nossa maneira de lidar com muitas coisas e mudou também a nossa relação com o dinheiro.
Há pelo menos dez anos o internet banking virou uma realidade. A possibilidade de acessar uma conta pelo computador e, posteriormente, através de tablets e smartphones deixou muita gente na defensiva no começo, mas logo conquistou os usuários facilitando na hora de consultar o saldo, pagar uma conta ou transferir dinheiro.
A explosão dos bancos digitais
Tenho certeza que se, algum tempo atrás, eu falasse para os meus pais que era possível ter conta em um banco sem agência física, eles ririam. E confesso que eu mesmo estranhei e logo pensei: “e se eu tiver algum problema e precisar resolver?”.
Os bancos digitais surgiram acompanhados de muitas dúvidas em relação a seu funcionamento e segurança, mas eles vieram para ficar. A isenção de taxas, o funcionamento 100% online e (pelo menos teoricamente) ágil e a facilidade de abrir uma conta conquistaram vários usuários. Hoje existem diversos bancos digitais e é bem provável que você que está me lendo agora tenha conta em pelo menos um deles.
Uma pesquisa realizada pela Toluna Insights afirma que cerca de 20% dos brasileiros possuem conta em bancos digitais. Esse número corresponde a aproximadamente 40 milhões de pessoas e a maioria delas tem entre 18 e 34 anos.
Transações através das redes sociais
A tecnologia não para. Todos os dias a área se atualiza trazendo pequenas ou grandes mudanças que podem facilitar muito o nosso dia a dia, e a facilidade em lidar com assuntos financeiros não parou nos bancos digitais.
Existem aplicativos para praticamente tudo nessa vida. É possível se organizar, fazer exercícios, lembrar de beber água, estimular o foco, entre outros. E faz tempo que muita gente utiliza apps para controlar gastos, estabelecer metas de economia e analisar para onde seu dinheiro vai todo mês.
Agora lidar com assuntos financeiros não está mais restrito a aplicativos específicos para isso. Essa semana o WhatsApp, rede social de bate-papo instantâneo, lançou a função “pagamentos”. Com ele é possível enviar e receber dinheiro sem precisar abrir ou até mesmo ter o aplicativo de um banco instalado.
Por enquanto o recurso está disponível apenas para cartões de débito, mas a intenção é estender as transações ao cartão de crédito, possibilitando o pagamento de compras de produtos ou serviços.
Com a tecnologia, nossa relação com o dinheiro nunca mais será a mesma
Eu poderia passar horas falando sobre as facilidades que o uso da tecnologia trouxe para a vida financeira. Hoje é mais fácil encontrar informações seguras sobre esses assuntos e se informar bastante, melhorando nossa relação com o dinheiro e com nossos gastos.
O Pix virou meu grande amigo, afinal, é ótimo poder enviar e receber valores sem custo algum e instantaneamente. Nossa geração está cada vez mais acelerada, e poder resolver aquele problema com o banco sem precisar ir até uma agência nos poupa tempo e, claro, paciência.
Ainda assim, é importante estar atento ao funcionamento dos aplicativos de banco. Ter cuidado com as senhas, não cadastrar seus dados em qualquer site e entender sobre a segurança de outros aplicativos que permitam transações dentro deles é fundamental. Ainda que seja na internet, nossos dados bancários precisam estar protegidos o tempo todo. Sendo cuidadosos e responsáveis, podemos construir uma vida financeira mais saudável e menos burocrática.
*Colaborou Rhayssa Souza, jornalista e redatora de conteúdo da InfoPreta
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