Games e representativa negra.
Frequentemente eu começo os textos contando uma história envolvendo algum familiar e hoje não será diferente. Eu, enquanto criança curiosa e ativa, assim como várias outras que cresceram nas décadas de 80 e 90, tinha muito interesse por jogos de videogame. E, assim como várias mães durante esses mesmos anos, a minha era totalmente contra seu uso. Ela jurava que eles faziam mal à saúde, e hoje sabemos que ela não estava de todo errada, mas isso me impediu de ter um aparelho para chamar de meu durante a infância.
Meu primeiro contato com os jogos para console foi na casa de um vizinho, o único do prédio inteiro que tinha videogame. Nós passávamos horas jogando e assistindo uns aos outros jogar. Enquanto eu crescia, minha mãe liberou os jogos eletrônicos para computador e foi aí que começou minha grande carreira de gamer (brincadeira, eu jogo apenas por hobby mesmo).
O uso de videogames pode ajudar a desenvolver o raciocínio lógico, melhorar a coordenação motora e aprender a lidar com as frustrações. Além disso, no caso de jogos em equipe, é possível aprender a trabalhar em grupo e aumentar a sociabilidade. Inclusive, jogar com os amigos também pode ser uma ótima maneira de matar a saudade durante o período de isolamento social.
Claro que tem seus malefícios: é importante que haja equilíbrio, principalmente na infância e na adolescência, pois o uso exagerado de videogames pode promover o sedentarismo e causar problemas de postura, por exemplo.
Hoje existem uma infinidade de modelos de videogames, computadores e notebooks. Assim como também existem jogos para todos os gostos: dá pra jogar sozinho ou em grupo, escolher entre ação e aventura, jogos em primeira ou terceira pessoa, plataforma ou RPG, e por aí vai…
Com 24 anos eu comprei meu primeiro videogame e logo os jogos de futebol e de atirador me conquistaram, e até hoje continuam sendo os que mais gosto. Eu também uso bastante o computador pra jogar.
Durante muito tempo a ausência de personagens negros nos games me incomodou, afinal, eu não conseguia jogar com um boneco que me representasse fisicamente. Mas, faz alguns anos que isso tem mudado e hoje vemos protagonistas negros em jogos eletrônicos de vários gêneros. Por isso, pra quem quer se divertir com jogos eletrônicos, tá aqui uma lista de 5 jogos com protagonistas pretos para vocês curtirem. Aproveitem!
Dandara
É um jogo de plataforma desenvolvido pelo estúdio brasileiro Long Hat House e publicado pela Raw Fury. A personagem principal é inspirada na guerreira negra Dandara dos Palmares. Você pode conferir o trailer aqui.
Spider-Man: Miles Morales
Jogo do gênero ação-aventura desenvolvido pela Insomniac Games e publicado pela Sony. Tem como personagem principal Miles Morales, jovem negro que ganhou seus poderes recentemente e precisa aprendar a atuar como herói com o veterano Peter Parker. Confira o trailer aqui.
Detroit: Become Human
O jogo é produzido pela Quantic Dream e publicado pela Sony. Os personagens principais são três androides criados pela empresa fictícia CyberLife e que mudarão o rumo da cidade de Detroit. Você pode assistir o trailer aqui.
Árida: Backland`s Awakening
O jogo do gênero aventura e sobrevivência é produzido por desenvolvedores independentes da Aoca Game Lab. O enredo é baseado na história de Cícera, mulher negra e nordestina que enfrenta os desafios naturais no sertão durante a Guerra dos Canudos. O trailer você pode conferir aqui.
Assassin’s Creed III: Liberation
Com gênero ação-aventura, o jogo é produzido e publicado pela Ubisoft. Tem como personagem principal Aveline de Grandpé, assassina de ascendência africano-francesa e que tem sua história ambientada nos anos entre a Guerra Franco-Indígena e a Revolução Americana. Você pode assistir o trailer aqui.
*Colaboração: Rhayssa Souza, jornalista e redatora de conteúdo na InfoPreta
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