A tecnologia como ferramenta de resistência indígena.

Published by InfoPreta on

A caracterização dos povos indígenas que aprendemos nas escolas e frequentemente vemos retratada nas mídias é algo que precisamos esquecer. Provavelmente você já ouviu alguém deslegitimar a identidade de pessoas indígenas que não vivem de acordo com os estereótipos criados por pessoas não indígenas, como os que residem em cidades grandes ou que possuem celulares e computadores. 

A diversidade dos povos indígenas é frequentemente apagada. Assim como as pessoas negras trazidas da África, foram escravizados, mesmo que em menor número, e dizimados. Ainda hoje, muitas pessoas ignoram que, de acordo com o IBGE, existem cerca de 305 etnias e 274  línguas indígenas diferentes. Enquanto sociedade, ainda nos vemos presos no senso comum de que o índigena é somente aquela figura que anda nu, com acessórios como cocar e colares e um arco e flecha na mão 

Ser indígena é muito mais do que isso. É o autorreconhecimento e a consciência de pertencer a uma etnia, preservando sua cultura e essência. Morar na cidade grande, cursar uma faculdade, trabalhar em órgãos públicos ou em grandes empresas não pode, e nem deve, ser capaz de apagar a identidade indígena de um indivíduo. 

Redes sociais como canal de comunicação e mobilização

A ciber inclusão indígena não é um fenômeno recente. Muitas aldeias já têm acesso a internet e os indígenas que residem na cidade, assim como quase todos nós, também fazem uso de smartphones, tabletes e computadores. Essa inclusão é também capaz de manter e promover o movimento indígena.

A tecnologia tem se mostrado grande aliada de muitos indígenas na missão de mostrar às pessoas não indígenas a realidade e a resistência de seus povos. As redes sociais são um canal de comunicação para essas pessoas, informando sobre suas tribos e mobilizando a sociedade para movimentos ativistas que protegem e preservam os povos e suas culturas.  

Para além de entender e respeitar o que é ser indígena, é nosso trabalho nos manter informados sobre a sua realidade. Precisamos conhecer e compreender sua luta e o que pode ser feito para ajudar. Um primeiro passo pode ser consumir conteúdo de pessoas indígenas, conhecendo suas histórias através deles mesmos. Por isso, separamos 5 perfis que você deve acompanhar. 

Cristian Wari’u https://twitter.com/cristianwariu

Conhecido como “guerreiro digital”, Cristian é do povo Xavante e tem um canal no YouTube que fala sobre povos indígenas. 

Juão Nyn https://twitter.com/Juaonyn

Juão é potyguar e militante do movimento indígena do RN. Formado em Licenciatura em Teatro pela UFRN, é artista e vocalista/compositor da banda Androide Sem Par.

Profissionais Indígenas https://twitter.com/ProIndigenas

Projeto que tem como objetivo promover, divulgar e incluir indígenas no mercado de trabalho.

Thyara Pataxó https://twitter.com/PataxoThyara

Thyara é graduanda em Tec. em Agroecologia pela UFRB e faz parte da liderança indígena da etnia Pataxó. 

Copiô, Parente https://twitter.com/CopioParente

Primeiro podcast feito para os Povos da Floresta no Brasil. 

*Colaboração: Rhayssa Souza, jornalista e redatora de conteúdo na InfoPreta

Categories: Dicas

0 Comments

Leave a Reply

Avatar placeholder

Your email address will not be published. Required fields are marked *